sábado, 21 de setembro de 2013

Sequências didáticas e gênero discursivo

Autora: Heloísa Amaral
Mestre em educação e pesquisadora do Cenpec
O que são sequências didáticas?
As sequências didáticas são um conjunto de atividades ligadas entre si, planejadas para ensinar um conteúdo, etapa por etapa. Organizadas de acordo com os objetivos que o professor quer alcançar para a aprendizagem de seus alunos, elas envolvem atividades de aprendizagem e de avaliação.
São exemplos de sequências didáticas para o ensino de Língua Portuguesa as oficinas dos fascículos distribuídos nas três edições do Prêmio Escrevendo o Futuro. Nas edições 2004 e 2006, são: Pontos de vista, Poetas da escola e Se bem me lembro... Essas sequências orientam o professor para o trabalho com os seguintes gêneros de texto: artigo de opinião, poesia e memória.
As sequências didáticas são usadas somente para o ensino de Língua Portuguesa?
Não. Podem e devem ser usadas em qualquer disciplina ou conteúdo, pois auxiliam o professor a organizar o trabalho na sala de aula de forma gradual, partindo de níveis de conhecimento que os alunos já dominam para chegar aos níveis que eles precisam dominar. Aliás, o professor certamente já faz isso, talvez sem dar esse nome.
Por que usar sequências didáticas ao ensinar Língua Portuguesa?
Para ensinar os alunos a dominar um gênero de texto de forma gradual, passo a passo. Ao organizar uma sequência didática, o professor pode planejar etapas do trabalho com os alunos, de modo a explorar diversos exemplares desse gênero, estudar as suas características próprias e praticar aspectos de sua escrita antes de propor uma produção escrita final.
Outra vantagem desse tipo de trabalho é que leitura, escrita, oralidade e aspectos gramaticais são trabalhados em conjunto, o que faz mais sentido para quem aprende.
O que é preciso para realizar sequências didáticas para os diferentes gêneros textuais?
É preciso ter alguns conhecimentos sobre o gênero que se quer ensinar e conhecer bem o grau de aprendizagem que os alunos já têm desse gênero. Isso é necessário para que a sequência didática seja organizada de tal maneira que não fique nem muito fácil, o que desestimulará os alunos porque não encontrarão desafios, nem muito difícil, o que poderá desestimulá-los a iniciar o trabalho e envolver-se com as atividades.
Outra necessidade desse tipo de trabalho é a realização de atividades em duplas e grupos, para que os alunos possam trocar conhecimentos e auxiliar uns aos outros.
Quais as etapas de realização e aplicação de uma sequência didática de gêneros textuais?
Para organizar o trabalho com um gênero textual em sala de aula, sugerimos a seguinte sequência didática:
  1. Apresentação da proposta
  2. Partir do conhecimento prévio dos alunos
  3. Contato inicial com o gênero textual em estudo
  4. Produção do texto inicial
  5. Ampliação do repertório sobre o gênero em estudo, por meio de leituras e análise de textos do gênero
  6. Organização e sistematização do conhecimento sobre o gênero: estudo detalhado de sua situação de produção e circulação; estudo de elementos próprios da composição do gênero e de características da linguagem nele utilizada.
  7. Produção coletiva
  8. Produção individual
  9. Revisão e reescrita

 

sexta-feira, 20 de setembro de 2013

Álbum Seriado e Blocão
 
Para quem está acostumado com a ERA DA INFORMÁTICA, talvez nunca tenha ouvido falar em ÁLBUM SERIADO, no entanto, ele é uma alternativa barata para apresentações onde não se tem disponível computador, data show e todo o aparato da tecnologia moderna.
Para os que estão acostumados com o computador, ele equivale ao data show e PowerPoint, ou seja: A principal finalidade do álbum seriado é fazer APRESENTAÇÕES.
           Álbum Seriado:
O que é?
    É uma coleção de folhas organizadas, numa encadernação de madeira ou papelão. Pode conter fotografias, letreiros, mapas, gráficos, cartazes, gravuras, etc. O tamanho das folhas do álbum pode ser de 50x70cm.
Para que serve?
·         Acompanhar: aulas, palestras, demonstrações, reuniões.
·         Abordar temas mais ou menos gerais, que permitam sua divisão em partes.
·         Enriquecer uma aula expositiva.
·         Apresentar dados previamente elaborados, de forma organizada e sequêncial.
·         Sistematizar um assunto.
Quais as vantagens?
·         Fácil de transportar de uma sala para outra.
·         Não requer uso de eletricidade.
·         Vários podem ser usados ao mesmo tempo.
·         Fácil de usar e de baixo custo.
·         Excelente para chuva de idéias, solução de problemas e listas.
·         Pode ser usado pelo professor e pelo aluno.
·         Utilizado como ferramenta informativa para diversos fins.
·         Ajuda a apresentar a aula de maneira mais organizada, orientada e dirigida, sem dar margem a dispersões ou confusões.
·         Concentra a atenção dos alunos no tópico que está sendo desenvolvido;
·         Cria maior expectativa nos alunos com relação aos tópicos seguintes;
·         Fixa os tópicos essenciais;
·         Ajuda os alunos a visualizar melhor as idéias através de ilustrações.
Como elaborar o álbum seriado?
·         Definir um tema.
·         Analisar o público.
·         Determinar os objetivos.
·         Estabelecer os pontos principais a serem desenvolvidos no álbum.
·         Escrever esses pontos em forma de rascunho, um em cada página, conforme a sequência desejada.
·         Fazer inicialmente um álbum em miniatura, com todas as informações e todos os elementos do álbum definitivo, para servir de guia na confecção final.
·         Selecionar todo material necessário para o trabalho de montagem: papel sulfite 40 kg, cartolina, papel cartão ou mesmo papel de embrulho, lápis preto, pincel atômico, giz de cera, canetas hidrográficas de várias cores, tesoura.
·         Limitar seu álbum seriado a 10 ou 12 páginas.
·         O papel deve ter sempre um tamanho suficientemente grande para ser visto em todos os alunos.
·         Usar desenhos, fotos ou ilustrações retiradas de revistas, jornais, calendários, etc.
·         Utilizar letras grandes nos títulos e tetras menores nos subtítulos.
·         Montar as folhas na sequência desejada, prendendo-as por uma das extremidades através de barbante, arame, grampos ou cola.
·         Prepará-lo de forma limpa, organizada e verificando a quantidade de informações por folha.
·         Se necessário, o apresentador pode fazer um macete para não esquecer algum detalhe. Pode também fazer o uso de anotações leve a lápis.
·         Colocar o álbum já pronto num tripé ou cavalete.
·         Se não houver um tripé disponível, é preciso montar o álbum de forma que ele se mantenha sobre a mesa na posição vertical, apoiado num suporte. Para tanto, basta fazer uma capa rígida, que pode ser de madeira compensada (2 ripas de compensado- 60 cm x 8 cm x 5 cm, 2 tábuas de compensado- 60 cm x 8 cm x 5 cm, 4 dobradiças e 4 parafusos, meio metro de cordão grosso e 2 parafusos grandes- borboletas), papelão grosso ou qualquer outro material resistente. Como suporte, pode usar uma pilha de livros ou caderno ou uma caixa de sapatos fixada na última capa.
Como utilizar?
·         Localizar o álbum seriado de tal maneira que todos os alunos possam vê-lo sem dificuldade;
·         Virar as folhas à medida que vão sendo desenvolvidos cada um dos tópicos;
·         Virar a folha só quando o tópico tiver sido esgotado;
·         Criar expectativa para o tópico seguinte;
·          Fixe os pontos chaves.
Sugestões:
·         O álbum seriado pode também ser utilizado com folhas em branco, aonde o professor e os alunos vão colocando tópicos sobre o tema a ser debatido, excelente recurso para chuva de idéias.
·         A capa frontal de cor verde-escuro servirá como lousa, enquanto a parte de trás poderá ser forrada com flanela ou feltro, e assim, pode ser usada como flanelógrafo ou ainda pode conter um quadro de pregas.
·         É importante avaliar antes, durante e após a utilização do Álbum Seriado.

BLOCÃO
Semelhante ao álbum seriado é composto de um conjunto de folhas presas em madeira ou um cabide que pode ficar pendurado na parede, apoiado em cadeira ou pendurado em um cavalete.
1-      É um recurso visual que apresenta uma mensagem rápida. Tendo como objetivos: informar e incentivar.
2-      Deve ser: atraente, simples, breve, claro e direto.
3-      Elementos: tema, texto, ilustração, cor e layout.
3.1. Tema: é a mensagem que o blocão transmite e pode ser de ação ou de conselho. Ex: Escove os dentes após as refeições; Quem se alimenta bem, goza saúde: Beba leite! Vacine seus filhos!
3.2. Texto: deve completar a idéia parcialmente expressa pela ilustração. Deve ser: breve, simples, de linguagem correta adequada ao público. É interessante o uso de slogans ou provérbios conhecidos.
3.3. Ilustração: Não deve obscurecer o texto.
·         O símbolo empregado deve ser conhecido do público.
·         A vida do blocão é obtida pela figura, por isso deve ser simples e de bom gosto.
·         O tratamento humorístico é interessante.
      3.4. Cores: adequadas e sem exagero de cores quentes.
      3.5. Composição: harmoniosa, equilibrada, margens e espaços livres.
         A forma é a mesma utilizada para construir o álbum seriado, só que as folhas vão sendo colocadas à medida que forem utilizadas.
         O blocão pode ser usado em ambientes não escolares, substituir o quadro-de-giz, sendo constituído de folhas em branco preenchidas à medida que o professor e/ou aluno(s) avança(m) na apresentação ou discussão de um assunto.
         Pode ser preparado previamente, e também ser útil para armazenar textos e informações aos quais professores e alunos precisam retornar ou consultar com frequência.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

GUEDES, Maria Jose. Meios de Ensino. São Paulo, Loyola, 1983.

PILLETI, Claudino. Didática Geral. Editora Ática; sem data de impressão.
_____Capitulo 9 - Recursos de Ensino. pág.175 a178.
            FERREIRA, Oscar Manuel de Castro & SILVA JUNIOR, Plínio Dias da
Silva. Recursos audiovisuais para o ensino.São Paulo: EPU, 1995.

APOSTILA da Professora Josevânia Teixeira Guedes- Tecnologia da informação e da comunicação. Páginas 29 e 30.

< http://www.ibetelvp.com.br/depinf1809/pdf/album_seriado.pdf> acessado no dia 04/09/2011 às 14:38 h.

O que fazer após o diagnóstico?

NÍVEL DA ESCRITA PRÉ-SILÁBICO: SUGESTÃO DE ATIVIDADES
 QUANDO A CRIANÇA SE ENCONTRA NA HIPÓTESE PRÉ-SILÁBICA DE ESCRITA PODEMOS TRABALHAR AS SEGUINTES ATIVIDADES:
- Desenhar e escrever o que desenhou;
- Usar o nome em situações significativas: marcar atividades, objetos,
utilizá-Io em jogos, bilhetes, etc;
- Ouvir leitura feita diária pela professora e poder recontá-Ia;
- Ter contato com diferentes portadores de textos;
- Freqüentar a biblioteca, banca de jornais, elc;
- Reconhecer e ler o próprio nome em situações significativas: chamadas, jogos, etc;
- Conversar sobre a função da escrita;
- Utilizar letras móveis para pesquisar nomes, reproduzir o próprio nome ou dos amigos;
- Bingo de letras;
- Produção oral de histórias;
- Escrita espontânea;
- Textos coletivos tendo o professor como escriba;
- Aumentar o repertório de letras;
- Leitura dos nomes das crianças da classe, quando isto for significativo.
- Comparar e relacionar palavras;
- Produzir textos de forma não convencional;
- Identificar personagens conhecidos a partir de seus nomes, ou escrever seus nomes de acordo com sua possibilidade;
- Recitar textos memorizados: parlendas, poemas, músicas, etc;
- Atividades em que seja preciso reconhecer a letra inicial e a letra final;
- Atividades que apontem para a variação da quantidade de letras;
- Completar palavras usando a letra inicial e final;
- Escrita de listas em que isto tenha significado: listar o que usamos na hora do lanche, o que tem numa festa de aniversário, etc.


Diagnóstico dos níveis da escrita

 

 

Oi professor, oi professora;

 

 

 

 

 

 

       Para acompanhar os níveis de escrita dos alunos que estão em processo de alfabetização é necessário fazer um diagnóstico mensal, assim você todos os meses poderá acompanhar a evolução das crianças e detectar as crianças com dificuldade e intervir a tempo, criando novos espaços, como o reforço escolar, ou simplesmente mudando a forma de intervenção didática na sala de aula, com atividades e agrupamentos previamente bem pensados e organizados com o objetivo de favorecer a reflexão das crianças em torno das regularidades do nosso sistema de escrita.

 


 

 

 

 

 

 

Ditado de lista e uma frase

 

 

 

COMO PROCEDER:


 

  • Conversar com os alunos explicando a atividade que farão – dar uma orientação clara, que contextualize a atividade de escrita da lista e da frase. Lembre-se de que as crianças se empenham em realizar a tarefa da melhor maneira possível quando a mesma faz sentido para elas. Não precisa dizer que estarão fazendo um diagnóstico. Na verdade, é preciso ter clareza de que QUEM está fazendo o diagnóstico é o PROFESSOR.

  • Organizar a atividade em papel ofício conforme o modelo:

  • Pedir que escrevam o nome no cabeçalho (se não o fizerem de forma legível, escrever ao lado quando recolher a tarefa);

  • Explicar que devem escrever da forma como sabem, da melhor forma, sem medo de errar;

  • Ditar as palavras uma a uma sem silabar (pode repetir várias vezes);

  • Não mudar as palavras e seguir a ordem indicada (da palavra polissílaba para a monossílaba).


     

     

 

 

 

OBERVAÇÕES:

 

1- Solicitar de cada aluno (a) a leitura das palavras ditadas pedindo que marque com o lápis a leitura. É importante ter claro que a leitura nessa situação é um procedimento indispensável para ajudar o professor a interpretar a hipótese de escrita do aluno. Sendo assim, é preciso garantir que o aluno leia. Se for necessário, caso o aluno esqueça qual palavra escreveu ou diga outra que não tem nada a ver, repetir para ele a palavra que foi ditada. É preciso também, cuidar da forma como esse pedido é feito, para não induzir a forma como o aluno lê, causando equívocos posteriores na hora da interpretação. Por exemplo, NÁO pedir ao aluno: "Leia para mim
apontando cada pedacinho", ou "Leia me mostrando onde está CA – NE – TA".
Pedir simplesmente: " Leia para mim o que você escreveu, apontando onde

você está lendo".

 

 

        No caso das escritas em que a hipótese é completamente visível, como, por exemplo, as silábico-alfabéticas e alfabéticas, o pedido de leitura pode ser dispensado.

 

 

 

2– Ter em mãos um instrumento para registrar as informações sobre como o aluno realizou a leitura, o que falou e outras informações que considerar importante para interpretar posteriormente a escrita da criança e apoiar o planejamento das situações de ensino.

 

 

 

3 - Planejar uma atividade para que os demais alunos da turma possam realizar com autonomia, enquanto estiver solicitando a leitura individual com cada aluno;

 

 

4 - Recolher as folhas para posterior tabulação.

 

 

 

 

      É fundamental que o professor faça um arquivo das produções mais significativas dos alunos no decorrer do ano, pois isso dará oportunidade a ele – e também ao próprio aluno – de conhecer seu processo de evolução.


 

 

quinta-feira, 19 de setembro de 2013

Fases da escrita


Sugestão de vídeo: O Olhar do educador

 

 

 

Sugestão de vídeo:Vida Maria


Desfile Cívico 2013













Oração ao tempo


Literatura para que?


Formação para Orientadores de Estudos










Formação para Professores Alfabetizadores